Competência profissional dos trabalhadores de programas de atividade física da atenção básica à saúde de Pernambuco

Autores

  • Danyelle de Cássia Ribeiro de Oliveira Programa Academia da Cidade do Recife. Secretaria Municipal de Saúde de Recife, Recife, Pernambuco, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-0383-090X
  • Emmanuelly Correia de Lemos Programa Academia da Cidade do Recife. Secretaria Municipal de Saúde de Recife, Recife, Pernambuco, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-1450-6160
  • Caroline Ramos de Moura Silva Programa Associado de Pós-Graduação em Educação Física-UPE/UFPB, Recife, Pernambuco, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-8727-0024
  • Rafael Miranda Tassitano Programa Associado de Pós-Graduação em Educação Física - UPE/UFPB, Recife, Pernambuco, Brasil. Departamento de Educação Física, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-2713-8670

DOI:

https://doi.org/10.12820/rbafs.23e0022

Palavras-chave:

Atenção básica à Saúde, Competência profissional, Atividade motora

Resumo

O objetivo do estudo foi verificar a associação entre as competências profissionais de conhecimento, habilidade e atitude autopercebidas com a formação inicial, continuada, educação permanente e atuação profissional em programas de promoção da atividade física (PPAFs) na atenção básica à saúde de Pernambuco. Estudo transversal com 553 trabalhadores de 132 cidades. Competência profissional foi mensurada por 23 questões, com escala tipo likert nas dimensões de conhecimento (n = 7), habilidade (n = 9) e atitude (n = 7). Informações sociodemográficas, de tempo de atuação, formação inicial, continuada e educação permanente foram as variáveis independentes. O teste k-means não hierárquico foi utilizado para identificar grupos com maior e menor percepção de competência a partir do Z-scores do conhecimento, habilidade e atitude. Regressão logística binária bruta e ajustada foi utilizada para identificar os fatores associados a maior percepção de competência. Um total de 66,4% tinham formação em Educação Física, com menor quantidade de experiências durante a formação inicial e continuada. Ter formação superior (OR = 2,21; IC95%: 1,04-4,68), em Educação Física (OR = 2,48; IC95%: 1,47-4,85), ser servidor público (OR = 1,86; IC95%: 1,13-3,27) e participar de cursos, eventos e capacitações em atividade física no último ano ofertados pela gestão (1 - 2 cursos; OR = 3,86; IC95%: 2,17-6,81 e ≥ 3 cursos; OR = 4,27; IC95%: 1,99-7,58) aumenta a chance de percepção de maior competência. É necessário um redirecionamento na formação inicial, implementação de uma política de capacitação continuada com o foco na atenção básica de saúde, bem como a valorização do profissional fortalecido pelo tipo de vínculo.

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Publicado

2018-10-16

Como Citar

1.
Oliveira D de CR de, Lemos EC de, Silva CR de M, Tassitano RM. Competência profissional dos trabalhadores de programas de atividade física da atenção básica à saúde de Pernambuco. Rev. Bras. Ativ. Fís. Saúde [Internet]. 16º de outubro de 2018 [citado 28º de março de 2024];23:1-10. Disponível em: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/13319

Edição

Seção

Artigos Originais