Validade e clareza dos conceitos e terminologias do Guia de Atividade Física para a População Brasileira

Autores

  • Tânia Rosane Bertoldo Benedetti Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Educação Física, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-2035-5082
  • Lucélia Justino Borges Universidade Federal do Paraná, Departamento de Educação Física, Curitiba, Paraná, Brasil.
  • Inês Amanda Streit Universidade Federal do Amazonas, Manaus, Amazonas, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-7962-8746
  • Leandro Martin Totaro Garcia Queen’s University Belfast, Centre for Public Health, Belfast, Reino Unido. https://orcid.org/0000-0001-5947-2617
  • Sofia Wolker Manta Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Departamento de Promoção da Saúde, Coordenação-Geral de Promoção da Atividade Física e Ações Intersetoriais, Brasília/DF, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1059-2471
  • Gerfeson Mendonça Universidade Federal de Alagoas e Centro Universitário CESMAC, Maceió, Alagoas, Brasil.
  • Maria Angélica Binotto Universidade Estadual do Centro-Oeste, Departamento de Educação Física, Irati, Paraná, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-9185-6634
  • Marina Christofoletti Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Educação Física, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-5672-6869
  • Fernando Lopes e Silva-Júnior Universidade Federal do Piauí/Universidade Federal do Delta do Parnaíba, Coordenação do Curso de Medicina, Parnaíba, Piauí, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-0273-6738
  • Pedro Curi Hallal Universidade Federal de Pelotas, Departamento de Ginástica e Saúde, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-1470-6461
  • Camila Bosquiero Papini Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Departamento de Ciências do Esporte, Uberaba, Minas Gerais, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1163-5576

DOI:

https://doi.org/10.12820/rbafs.26e0212

Palavras-chave:

Atividade motora, Terminologia, Brasil, Promoção da saúde

Resumo

Nosso objetivo foi avaliar a validade e a clareza dos conceitos e terminologias adotados na elaboração do Guia de Atividade Física para a População Brasileira (Guia). O Grupo de Trabalho Domínios da Atividade Física (GT Domínios) conduziu a avaliação da validade e da clareza dos conceitos e terminologias relacionados a atividade física (AF), comportamento sedentário, domínios (tempo livre, deslocamento, trabalho ou estudo e tarefas domésticas) e intensidades da AF (leve, moderada e vigorosa), em três etapas: 1- Proposição dos conceitos; 2- Escuta com pesquisadores (dois momentos); 3- Consulta pública. Os conceitos propostos pelo GT Domínios foram baseados em guias internacionais, artigos científicos, relatórios nacionais e conhecimentos técnico-científicos-acadêmicos dos integrantes do GT Domínios, discutidos em reuniões (etapa 1). Na escuta com pesquisadores (etapa 2) foram testadas a validade e a clareza dos conceitos em dois momentos. Participaram 70 e 40 pesquisadores vinculados aos outros GT do Guia no primeiro e segundo momentos, respectivamente. Em ambas as escutas, todos os conceitos apresentaram índice de concordância para validade e clareza igual ou superior a 80%. As sugestões convergentes indicadas na etapa 2 foram incluídas e novas versões dos conceitos foram disponibilizadas para a terceira etapa (consulta pública), realizada pelo Ministério da Saúde. Foram realizadas 14 sugestões relacionadas aos conceitos que foram aceitas e incorporadas ao texto do Guia, quando pertinentes. Conclui-se que os conceitos e terminologias relacionados a AF propostos pelo GT Domínios para compor o Guia, após a avaliação de pesquisadores especialistas e da população consultada, são válidos e claros.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Tânia Rosane Bertoldo Benedetti, Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Educação Física, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.

Doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina e pós doutorado pela University of Illinois at Urbana-Champaign EUA. Estágio formação na universidade de Nebraska Medical Center EUA. Bolsista produtividade do CNPq. Professora associada IV da Universidade Federal de Santa Catarina. Atua na área de Atividade Física Relacionado à Saúde,  com os seguintes temas: idosos, programas de atividade física e exercício físico e SUS. 

Referências

World Health Organization. Guidelines on Physical Activity and Sedentary Behaviour. 2020; Disponível em: < https://www.who.int/publications/i/item/9789240015128 > [2021 janeiro].

Brasil. Vigitel Brasil 2019: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2019. 2020; Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigitel_brasil_2019_vigilancia_fatores_risco.pdf > [2021 janeiro].

World Health Organization. Global recommendations on physical activity for health. 2010; Disponível em: < https://www.who.int/publications/i/item/9789241599979> [2021 janeiro].

Department of Health. UK Chief Medical Officer´s physical activity guidelines. 2019; Disponível em: <https://assets.publishing.service.gov.uk/government/uploads/system/uploads/attachment_data/file/832868/uk-chief-medical-officers-physical-activity-guidelines.pdf> [2021 janeiro].

U.S. Department of Health and Human Services. Physical Activity Guidelines for Americans. Physical Activity Guidelines for Americans. 2018; Disponível em: < https://health.gov/sites/default/files/2019-09/Physical_Activity_Guidelines_2nd_edition.pdf> [2021 janeiro].

Canadian Society for Exercise Physiology; Canadian Physical Activity Guidelines. Canadian Sedentary Behaviour Guidelines. 2012; Disponível em: < https://ymca.ca/CWP/media/YMCA-

National/Documents/Our%20Impact%20page%20resources/CSEP_Guidelines_Handbook.pdf> [2021 janeiro].

Ministerio de Sanidad, Servicios Sociales e Igualdad. Actividad Física para la Salud y Reducción del Sedentarismo: Recomendaciones para la población. 2015. Disponível em: <https://www.mscbs.gob.es/profesionales/saludPublica/prevPromocion/Estrategia/docs/Recomendaciones_ActivFisica_para_la_Salud.pdf > [2021 janeiro].

Department of Health and Children. The National Guidelines on Physical Activity for Ireland. 2009; Disponível em: <https://www.hse.ie/eng/about/who/healthwellbeing/our-priority-programmes/heal/heal-docs/the-national-guidelines-on-physical-activity-for-ireland.pdf> [2021 janeiro].

Piggin J. What is physical activity? A holistic definition for teachers, researchers and policy makers. Front Sports Act Living. 2020; 2(72):e-2-7.

Haskell WL, Lee I, Pate RR, Powell KE, Blair SN, Franklin BA, et al. Physical activity and public health: updated recommendation for adults from the American College of Sports Medicine and the American Heart Association. Med Sci Sports Exerc. 2007;39(8):1423-34.

Ainsworth BE, Haskell WL, Whitt MC, Irwin ML, Swartz AM, Strath SJ, et al. Compendium of physical activities: an update of activity codes and MET intensities. Med Sci Sports Exerc. 2000;32(Suppl9):S498-516.

Caspersen CJ, Powell KE, Christenson GM. Physical-activity, exercise, and physical-fitness - definitions and distinctions for health-related research. Public Health Rep.1985;100(2):126-31.

Brasil. Relatório de Desenvolvimento Humano Nacional - Movimento é Vida: Atividades Físicas e Esportivas para Todas as Pessoas: 2017. Brasília: PNUD; 2017.

Sedentary Behaviour Research Network. Sedentary Behavior Research Network. Terminology Consensus Project. 2017; Disponível em: <https://www.sedentarybehaviour.org/sbrn-terminology-consensus-project/#consensus-definitions > [2021 janeiro].

Santos SG, Schutz GR, Sant'ana ASS, Farias ES, Fares D, Minatto G, et al. Métodos e técnicas de pesquisa quantitativa aplicada à educação física. 1. ed. Florianópolis: Tribo da Ilha, 2011. 237p.

Thomas JR, Nelson JK, Silverman SJ. Métodos de pesquisa em atividade física. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007

INVOLVE. Public involvement in research and research ethics committee review. 2016. Disponível em: <https://www.invo.org.uk/wp-content/uploads/2016/05/HRA-INVOLVE-updated-statement-2016.pdf>

Brasil. Resolução nº 510, de 7 de abril de 2016. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. 2016.

Matias TS, Piggin J. Physical activity promotion: can a focus on disease limit successful messaging? Lancet. 2020; 8(10):e1263.

Silva KS, Garcia LMT, Rabacow FM, Rezende LFM, Sá TH. Physical activity as part of daily living: Moving beyond quantitative recommendations. Prev Med. 2017; 96:160-62.

Tremblay MS, Aubert S, Barnes JD, Saunders TJ, Carson V, Latimer-Cheung AE, et al. Sedentary Behavior Research Network (SBRN) – Terminology Consensus Project process and outcome. Int. J. Behav. Nutr Phys Act. 2017;14(75):e2-17.

Ross R, Chaput JP, Giangregorio LM, Janssen I, Saunders TJ, Kho M E et al. Canadian 24-Hour Movement Guidelines for Adults aged 18–64 years and Adults aged 65 years or older: an integration of physical activity, sedentary behaviour, and sleep. Appl Physiol Nutr Metab, 2020; 45(10): S57-S102.

World Health Organization. Global action plan on physical activity 2018–2030: more active people for a healthier world. 2018; Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/272722/9789241514187-eng.pdf?ua=1> [2021 janeiro].

Marcellino NC. Lúdico, educação e educação física. Ijuí: 4 Ed. Unijuí, 2013.

Cavallari VR, Zacharias V. Trabalhando com recreação. 2. ed. São Paulo: Ícone, 1995.

Stodolska M. Research on Race, Ethnicity, Immigration, and Leisure: Have We Missed the Boat? Leis Sci 2018;40(1-2):43-53.

Hilland TA, Bourke M, Wiesner G, Garcia EB, Parker AG, Pascoe M, et al. Correlates of walking among disadvantaged groups: A systematic review. Health Place. 2020;63:102337.

Foster C, Porcari JP, Anderson J, Paulson M, Smaczny D, Webber H, et al. The talk test as a marker of exercise training intensity. J Cardiopulm Rehabil Prev. 2008;28(1):24-30.

Quinn TJ, Coons BA. The Talk Test and its relationship with the ventilatory and lactate thresholds. J Sports Sci, 2011;29(11):1175-82.

Marques, JBV, Freitas, D. Método DELPHI: caracterização e potencialidades na pesquisa em Educação. Pro-Posições 29.2 (2018):389-415.

Publicado

2021-07-21

Como Citar

1.
Benedetti TRB, Borges LJ, Streit IA, Garcia LMT, Manta SW, Mendonça G, et al. Validade e clareza dos conceitos e terminologias do Guia de Atividade Física para a População Brasileira. Rev. Bras. Ativ. Fís. Saúde [Internet]. 21º de julho de 2021 [citado 28º de março de 2024];26:1-11. Disponível em: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/14564

Edição

Seção

Artigos Originais